OS LIMITES DA LÓGICA NA OBRA TRACTATUS LOGICO-PHILOSOPHICUS DE WITTGENSTEIN

Kleber Moresco

Resumo


O presente trabalho de caráter qualitativo-bibliográfico apresenta uma proposta de interpretação de alguns pontos do Tractatus Logico-Philosophicus. A obra de Wittgenstein apresenta os limites da lógica para a investigação científica que precisam ser respeitados, pois a tentativa de ultrapassar os limites gera proposições sem sentido nenhum. Delimitar o campo das proposições lógicas, bem como o limite da compreensão racional humana é uma das tarefas revolucionárias do Tractatus. A existência determina a descrição e não o oposto, por isso, a impossibilidade de descrever não significa a inexistência. A linguagem lógica é uma das formas de linguagem, mas não é a linguagem por excelência. A própria existência é uma forma de linguagem. Portanto o limite da capacidade racional humana não interfere no sentido da existência. A tarefa de reconhecer os limites racionais é uma parte muito importante na compreensão do sentido da existência. A experiência do sujeito com as existências do mundo permite a compreensão do sentido, mas não a explicação. Wittgenstein consegue propor uma forma de compreensão da linguagem desafiadora, que encanta, mas ao mesmo tempo desafia na sua aplicação.

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Referências


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