Arte * Tecnologia * Artes Cênicas * Literatura

Edições anteriores


2022

v. 21, n. 1 (2022)

Revista voltada ao debate interdisciplinar nos temas  Teconologia, Educação e Artes.

2021

v. 20, n. 1 (2021)

A tecnologia sempre caminhou de mãos dadas com a produção artística e a educação, desde os primórdios de ambas. Desde os tempos das as cavernas até às telas dos computadores, da têmpera aos pixels, dos hieróglifos aos algoritmos, não há um momento sequer na história da humanidade, que arte e a educação não tenham se beneficiado do desenvolvimento tecnológico. No entanto, nos últimos meses deste nosso sofrido século XXI, um novo panorama se descortinou provocado pela devastadora pandemia "COVID 19": a arte, antes, de certa forma autônoma, e os meios e espaços educacionais sucumbiram involuntariamente aos meios e aos instrumentos tecnológicos, fazendo com que artistas e educadores, da noite para o dia, criassem recursos para continuarem atuando. Neste número, a Revista Artefactum abre suas páginas para registrar as experiências vividas pelos artistas, educadores, cientistas da computação, e alunos, no cenário do isolamento.

2020

v. 19, n. 1 (2020)

Esta edição é dirigida a pesquisadores, professores, profissionais e estudantes interessados nas relações da Arte e da Tecnologia com as demais áreas do conhecimento.

2019

v. 18, n. 1 (2019)

Em pleno século XXI, apesar de tantos progressos tecnológicos, ainda há aqueles indivíduos, que devido às suas limitações cognitivas ou físicas, são discriminados por supostamente estarem aquém das exigências sociais da população dita normal. Esse grupo diferenciado fica à margem das sociedades, sem conseguir acompanhar as suas rotinas e desfrutar os seus avanços. A história nos mostra que os caminhos encontrados para lidar com esse grupo significativo de indivíduos, até então, não se mostraram satisfatórios. Esta cruel realidade é a base e a motivação para os esforços de inclusão através da acessibilidade: ação de alta complexidade e que se tornou um dos maiores desafios para as ciências contemporâneas. As grandes questões são: como incluir, com iguais direitos e condições, os sujeitos que possuem habilidades e competências em patamares abaixo dos consagrados padrões sociais? Que novos meios de comunicação, atitudes, espaços, políticas, métodos e tecnologias podem vir a derrubar as barreiras que impedem a existência da não exclusão?

São esses temas que a Revista Artefactum propõe aos seus autores, na intenção de estabelecer um debate interdisciplinar, que possa nos apontar caminhos possíveis.


2018

v. 17, n. 2 (2018)

Corpo, linguagens e tecnologia: farsa, manipulação ou realidade aumentada?

Os acontecimentos recentes são ricos em dilemas, dúvidas e até certezas que geram questionamentos, especulações e polaridades acirradas, dividindo opiniões. Isso, grande parte, se dá pelo excesso de tecnologias e jogo de linguagens — verbais e corporais — que diluem, e até mesmo apagam, os limites entre ficção e realidade. Automação, leitura óptica, tradutores, árbitros de vídeos, realidade virtual, impressoras 3D, redes sociais, dentre outros, são alguns exemplos dos meios de produção e reprodução de mentiras que se tornam verdades, e verdades que se tornam mentiras, tornando o momento atual uma grande obra aberta, isenta totalmente de censuras ao mesmo tempo que completamente censurada. Eis o paradoxo. Esta edição tem como proposta discutir como as linguagens e tecnologias vêm construindo os discursos no momento atual e mobilizando opiniões, atitudes, ações e reações.

v. 16, n. 1 (2018)

É AINDA POSSÍVEL SONHAR NO SÉCULO XXI?

Somos herdeiros de pensamentos científicos inaugurados sobre incertezas, descobertas e "certezas absolutas", que mudaram comportamentos, consolidaram conceitos e definiram padrões éticos e paradigmas estéticos, ora respeitados, ora refutados. Nesse rol, Arte, Tecnologia e Linguagem atravessaram os séculos influenciando e sendo influenciadas pelos cânones vigentes, deixando um legado admirado e odiado pelo homem contemporâneo. Dos gestos espontâneos às linguagens mais complexas; dos utensílios simples à nanotecnologia; da arte representativa aos movimentos mais efêmeros, o que temos hoje é um grande e variado acervo da produção de conhecimento da humanidade. No entanto, o século XXI prossegue entre avanços e retrocessos, transformando, ressignificando ou criando novas linguagens, meios e técnicas, que ora confirmam, ora derrubam o saber instituído. Mas qual o lugar do sonho nesta espiral onde o conhecimento e a técnica estão a se igualar à imaginação? Este é o tema desta edição da Revista Artefactum: É AINDA POSSÍVEL SONHAR NO SÉCULO XXI?


2017

v. 15, n. 2 (2017)

Diálogos híbridos: do palimpsesto aos cibersuportes e a (re)construção do conhecimento nas fronteiras dos saberes.

Atualmente, não se pode mais falar em conhecimento sem considerar os limites da ciência e a complexidade das relações humanas. Cotidianamente, o que se vê de maneira crescente, são diálogos entre ciências que pareciam muito distantes entre si, quase impensáveis em um passado muito recente. Não é raro presenciarmos debates bastantes promissores entre cientistas da Saúde com pesquisadores das Artes, ou até mesmo das Humanas com os pesquisadores mais radicais das ditas "Ciências Duras".

Nesse contexto, assumindo um olhar otimista, podemos notar os ganhos imensuráveis para os mais diversos campos do conhecimento, na descoberta de novas tecnologias, nos métodos de ensino, nas descobertas médicas, nos modelos habitacionais e no convívio social; esse último com as reconfigurações dos relacionamentos em redes virtuais, que derrubam o conceito de fronteiras.

Este número propõe discutir o trânsito dialógico trans e interdisciplinar, com as devidas contribuições para a solução de problemas sociais.

v. 14, n. 1 (2017)

"As diversas manifestações da arte - a literatura, o cinema, os multimeios tecnológicos, a moda, a música, o design, o teatro, as instalações, as artes plásticas, a dança - reestruturam, no contexto atual, as mais complexas necessidades da comunicação humana, produzindo infindas significações. No cenário estético contemporâneo, as linguagens incorporam uma infinitude de signos, engendrando, em semiose ilimitada, uma forma de elaboração interativa, reticular, vivenciada em tempo real e virtual. Descortinando, portanto, um arborescente espectro e circunscrevendo um corpus sui generis – literatura, territórios virtuais, texto, hipertexto, autoria, recepção literária, poética da tradução, espaços híbridos -" (Latuf Isaias Mucci, 2008).

Nesta edição, dedicada ao nosso saudoso amigo Prof. Dr. Latuf Isaias Mucci (UFF/UNSA), revisitamos as questões do cânone, abordando as relações intersemióticas e as possibilidades de construção sígnica, capazes de subverter o jogo de olhares entre a fonte e seu destinatário. Selecionamos textos que sinalizam as possíveis travessias da linguagem, com suas brisas, seus ventos, suas noites, suas pedras e seus lamentos, na busca de uma terceira margem, quiçá virtual, como sistema de reflexões para as formas significantes que enfrentamos e que nos desafiam.


2016

v. 13, n. 2 (2016)

O cenário contemporâneo é o palco para acirrados debates e cisões entre pessoas e correntes e tem, ultimamente, se transformado em verdadeiras zonas de conflito e desentendimento. O sujeito, há tempos declarado como morto por Foucault,aparenta viver agora os últimos rituais do seu sepultamento, pois, cada vez mais discursos, carregados de razão, distanciam o homem de sua essência. Num jogo de dominação perigoso, a subjetividade, em passos largos, vem sendo engolida pelo excesso de objetividade, sufocando pensamentos e movimentos singulares. Assim, o desenho da geração deste início de milênio tem sido ofuscado por siglas, bandeiras, ideologias e gritos de guerra, desencadeando um exército cego de opressores, que, com mãos de ferro, esmagam as iniciativas que buscam um lugar para novas reflexões. Há que surgir uma uma terceira margem, onde as referências não sejam mais a realidade e os fantasmas da sociedade industrial do século passado, mas, sim, a sociedade desterritorializada e desencarnada, cujas fronteiras se diluem no ciberespaço.

Acreditamos que somente reconectando o sujeito consigo mesmo será possível encontrar um espaço de entendimento, onde as práticas dialógicas se desfaçam em prol das confluências e das vivências imanentes. Assim, o tema da edição de AGOSTO/2016 da Revista Artefactum é: CORPO, PENSAMENTO E LINGUAGEM NO SÉCULO XXI.

v. 12, n. 1 (2016)

“A curiosidade, instinto de complexidade infinita, leva por um lado a escutar atrás das portas e por outro a descobrir a América.” (Eça de Queirós)

Pesquisar é dar asas ao instinto humano mais primitivo: a curiosidade. O pesquisador, constantemente inquieto e insistentemente provocado por suas dúvidas, suas hipóteses e seus postulados, investe horas, dias, meses e anos em investigações que muitas vezes se tornam grandes feitos científicos.
As pesquisas no campo da Arte, Linguagem e Tecnologia, por si só, são um vasto território de inesgotáveis descobertas; quanto mais se avança, mais se tem para avançar, pois são bases da formação e do desenvolvimento humanos. No contemporâneo, com tantas incertezas e com a desconstrução e reconstrução de saberes, tais ciências favorecem tanto no avançar para novas conquistas quanto no fortalecimento do ser cultural. Neste sentido, a Artefactum abre espaço para a difusão das pesquisas nas referidas áreas e em todas as que se relacionam direta ou indiretamente com elas. Bem-vindos à nossa revista!


2015

v. 11, n. 2 (2015)

Em um universo cada vez mais diverso em saberes, torna-se imperativo ampliar os espaços e canais de reflexão e diálogo; ações fundamentais para que se coloquem em jogo as múltiplas nuanças da cultura contemporânea. Quando propomos uma linha editorial na qual o eixo condutor se estabelece a partir da intrínseca relação da Arte com Tecnologia, não podemos ignorar que esse binômio é fortemente influenciado por outras tantas ciências que precisam ser consideradas. Assim, a Revista Artefactum, ao longo de seus mais de oito anos de ativa colaboração com a pesquisa brasileira, vem recebendo e abraçando estudos dos mais variados campos do conhecimento.

A Revista Artefactum é um espaço democrático que acolhe aqueles que atravessam e são atravessadas pela Arte e pela Tecnologia. Nessa perspectiva, duas seções foram pensadas visando contemplar a comunidade acadêmica: “Artigos”, para os autores que são professores pesquisadores — doutores, mestres e especialistas — e a seção “Descobrindo Cientistas”, na qual é aberto um espaço para alunos de graduação, onde serão divulgados textos relativos às suas pesquisas: o apaixonante início de jornada pelo qual todos nós passamos.

v. 10, n. 1 (2015)

No cenário de perdas e incertezas do século XXI, uma modernidade tardia se sustenta sob o signo do vazio. Um paradoxo se instala: quanto mais a humanidade avança e anuncia o triunfo tecnológico menos as ciências conseguem sustentar as suas certezas e seus paradigmas. Conceitos, teorias e técnicas já consolidadas, são revistas e questionados à luz das novas formas de se estar no mundo. As fronteiras se diluem e o saber se desloca das academias para novos espaços e métodos de aprendizagem. Nesse contexto, a experiência imanente ressurge como caminho para a construção de novos conhecimentos; referenciados ao humano, aqui e agora. Desse modo, as práticas corporais, que vão desde os estudos dos movimentos, as interseções com a linguagem e a tecnologia, e outros canais, inauguram e redefinem métodos para a construção de saberes. As relações entre tais práticas, estudos e ferramentas, calcadas ou não na Tecnologia, são o foco desta edição.


2014

v. 9, n. 2 (2014)

Disponibilizando e incentivando formas contemporâneas de construção, análise, difusão e compartilhamento de saberes, o número sempre crescente de artigos recebidos para cada edição nos deixa felizes e atesta que estamos trilhando o caminho certo: o de promover, com ousadia e liberdade, porém, sem abdicar do rigor científico, a publicação de textos que, versando sobre temas artísticos, científicos e tecnológicos, ao mesmo tempo, inequivocamente, reiterem a nossa vocação de se firmar como canal regular e democrático de divulgação artístico-científica. Temos ciência de que toda forma, de algum modo, expõe, intrinsicamente, uma ideologia, como preconizava Maiakovsky, poeta do Modernismo russo, no início do século XX, conteúdos revolucionários exigem também formas revolucionárias

v. 8, n. 1 (2014)

A Arte é a expressão mais dinâmica das sociedades. Os movimentos artísticos são influenciados e influenciam os acontecimentos nos quais seres humanos são protagonistas e seus corpos um continuum social.  Os cenários mudam e as metamorfoses desse corpo podem ser percebidas em suas performances — artísticas ou não —. Nesse bojo de acontecimentos, passamos a lidar com as mudanças de paradigma, provocadas pela dimensão virtual, que  transtornam os conceitos de tempo e de espaço e acentuam as transformações do modo existência. O mundo virtual, por assim dizer, possibilita um lançar-se constante ao abismo, a um labirinto infinito que institui uma nova realidade, e, ainda que uma experiência sensoperceptiva, cria novas possibilidades de ações sensíveis. A literatura, a dança, o teatro e as demais formas de escrituras trazem à cena cotidiana essa nova ordem enquanto um não-lugar com múltiplas possibilidades de existência.

Nesta edição da revista ARTEFACTUM, abordaremos as performances dos corpos em seu trânsito pelas fronteiras reais e virtuais e a interferência da Linguagem nos processos de metamorfose dos corpos imersos no abismo da Tecnologia.


2013

v. 7, n. 1 (2013)

O mundo moderno está marcado pela invasão da tecnologia no cotidiano. Essa intervenção afeta não apenas o estilo artístico ou a abordagem temática, mas abre espaços para se pensar a arte dentro de outros padrões e formatos, semelhantes ou distintos daqueles habituais das ditas belas artes — a literatura impressa e a pintura, a gravura, o desenho e a escultura em suportes e meios convencionais. Nesse contexto, a ciência e a tecnologia possibilitaram outras formas de escrituras e de comunicação, inaugurando, dessa maneira, novas possibilidades para a produção de arte. O Homem contemporâneo convive com a tecnologia das tecnologias, com as diferentes redes de informação e com os diversos paradigmas que surgem em consequência desse processo. Essa nova forma de estar no mundo evidencia formas de compreensão do corpo para além do humano — corpo-fragmento, corpo expandido, corpos-objetos, corpos-imagens.  Nesse sentido, abrem-se, nos diferentes campos do conhecimento, outras perspectivas éticas e estéticas, que fazem surgir outras formas de linguagens e modos de comunicação. Esta edição é dedicada a esse homem híbrido, ao seu corpo aprisionado na liberdade da tecnologia e às diferentes manifestações possíveis nesse novo mundo.


2010

v. 6, n. 2 (2010)

O Imaginário tecnológico.
Radicados no latim imago-ginis, "imaginário" é um termo complexo que nos remete a uma série de conceitos ligados à imaginação, desde a dinâmica da poiesis, conforme as teorias de Bachelard, ou mesmo sua relação com a construção da subjetividade, de acordo com Lacan.
Independente da corrente de pensamento que se queira adotar para a compreensão do termo, podemos compreender o imaginário como o conjunto das imagens e das relações de imagens que estabelecem a noção de realidade do homo sapiens.
Neste sentido, o imaginário se estrutura na dinâmica da psique humana, na sua percepção e compreensão do real. O tema imaginário tecnológico, proposto para a edição de Junho/2010 da revista ARTEFACTUM, tem o objetivo de trazer ao debate o conjunto de relações estebelecido entre o homem e os instrumentos por ele criados, desde a pedra lascada até o computador.

v. 5, n. 1 (2010)

Exercício de linguagem ou “escritura”, na clave da semiologia de Barthes (1815-1980), estes Palimpsestos realçam o signo do frontispício do livro, na medida em que as marcas do que fora antes escrito luzem além da mera transparência; com efeito, por duas vezes e em três versões (omne trinum perfectum, reza o adágio latino), aparece o ato da escritura fazendo-se, engendrando-se, significando, num processo metalingüístico, exacerbado na arte moderna: “Uma breve história da pintura moderna” e “Observação minuciosa”, respectivamente dedicados a Mark Tansey e James Valerio. Nos endereçamentos de cada texto, aliás, pode-se encontrar uma chave para a leitura desses manuscritos pós-modernos, não mais escritos sobre pergaminhos, mas digitados e projetados na tela do computador.

MUCCI, Latuf Isaias. Ars Poética.
http://members.fortunecity.com/jorgecampos/latuf.html

Prezados leitores,
Em novembro de 2009 a Artefactum completou um ano de publicações. Nesse período, contamos com a participação de autores de todo o país, que nos prestigiaram com seus textos e reflexões, fazendo do periódico um excelente material de estudos e consultas. Os textos aqui publicados são frutos dos dois encontros realizados no mês de dezembro de 2009: o I encontro de autores da Artefactum, quando pudemos celebrar o primeiro aniversário da revista, e os Seminários Intersemióticos V, realizado pelo grupo de estudos Literatura e outras Artes coordenado do professor Latuf Isaias Mucci. Esperamos poder continuar contando com os nossos colaboradores e agradecemos a todos pelas valiosas contribuições que fazem da Artefactum uma excelente revista.

Boa leitura!
Cida Donato
Conselho editorial


2009

v. 4, n. 3 (2009)

A cada minuto que passa, novas pessoas assinam a Internet, novos computadores se interconectam, novas informações são injetadas na rede.
Quanto mais o ciberespaço se estende, mais universal se torna, menos totalizável o mundo informacional se torna. O universal da cybercultura está
tão desprovido de centro como de linha diretriz. Está vazio, sem conteúdo. Ou melhor, aceita todos, pois contenta-se com pôr em contato um ponto
qualquer com qualquer outro, qualquer que seja a carga semântica das entidades postas em relação.

O universal sem totalidade, essência da cibercultura - Pierre Lévy

Prezados leitores,

A cibercultura emerge como um fenômeno de caráter sociocultural e estético, e aponta para múltiplos horizontes estabelecendo um
cenário no qual os processos cognitivos adaptam-se e buscam novos modelos de aprendizagem. Cria-se, então, uma relação
onde a transtextualidade torna-se uma das grandes aliadas das linguagens contemporâneas, possibilitando escrituras cujos
contextos estabelecem uma trama onde confundem-se realidades concretas e virtuais, sujeitos e objetos.

Boa leitura!
Cida Donato
Conselho editorial

v. 3, n. 2 (2009)

O jogo do mundo e o jogo da verdade se implicam reciprocamente, tanto mais que o problema da verdade se coloca a partir de um movimento histórico, e é dentro desse movimento, condicionado pela sua dinâmica fundadora, que ele exibe diferentes faces. Para compreendê-las é necessário escalar os degraus de um equacionamento contraditório, onde a interpretação metafísica vai sendo progressivamente aberta pelas figuras do homem e da história. Isto significa uma mudança radical no quadro da tradição, na maneira de pensar do Ocidente.

Eduardo Portella – No jogo da verdade a crítica é criação.

Prezados leitores,

Os avanços tecnológicos dos últimos anos — principalmente os voltados à informação — e a popularização da tecnologia motivaram o surgimento de um contexto cibernético onde a cultura contemporânea vem fincar os seus alicerces e estabelecer o que podemos chamar de cibercultura. Trata-se de um lugar de trânsitos e diálogos, no qual as linguagens, aparentemente distintas e com signos específicos, buscam um ponto de tangência na tentativa de instaurar um fluxo contínuo de trocas e relacionamentos. Nesse arranjo, onde oscilam e reorganizam- se códigos e discursos, é que o “virtual” perpassa o sentido do seu radical no latim: virtus, para tornar-se uma realidade com espaço e tempo próprios, passível de confronto e conformação de idéias.

Boa leitura!
Cida Donato
Conselho editorial

v. 2, n. 1 (2009)

O jogo do mundo e o jogo da verdade se implicam reciprocamente, tanto mais que o problema da verdade se coloca a partir de um movimento histórico, e é dentro desse movimento, condicionado pela sua dinâmica fundadora, que ele exibe diferentes faces. Para compreendê-las é necessário escalar os degraus de um equacionamento contraditório, onde a interpretação metafísica vai sendo progressivamente aberta pelas figuras do homem e da história. Isto significa uma mudança radical no quadro da tradição, na maneira de pensar do Ocidente.

Eduardo Portella – No jogo da verdade a crítica é criação.

Prezados leitores,

Os avanços tecnológicos dos últimos anos — principalmente os voltados à informação — e a popularização da tecnologia motivaram o surgimento de um contexto cibernético onde a cultura contemporânea vem fincar os seus alicerces e estabelecer o que podemos chamar de cibercultura. Trata-se de um lugar de trânsitos e diálogos, no qual as linguagens, aparentemente distintas e com signos específicos, buscam um ponto de tangência na tentativa de instaurar um fluxo contínuo de trocas e relacionamentos. Nesse arranjo, onde oscilam e reorganizam- se códigos e discursos, é que o “virtual” perpassa o sentido do seu radical no latim: virtus, para tornar-se uma realidade com espaço e tempo próprios, passível de confronto e conformação de idéias.

Boa leitura!
Cida Donato
Conselho editorial


2008

v. 1, n. 1 (2008)

Entre una estatua y un cuadro, entre un soneto y un
ánfora, entre una catedral y una sinfonia: ¿hasta donde habrán de llegar las semejanzas, las afinidades, las
leyes comunes? Y ¿cuáles son también las diferencias
que podrían decirse congénitas?
He aquí nuestro problema.
Étienne Souriau – La correspondencia de las artes

Vivo em minha própria casa, Jamais imitei algo de alguém
E sempre ri de todo mestre Que nunca riu de si também.
“inscrição sobre a minha porta” (Nietzsche. A Gaia da Ciência. Epígrafe)


A pesquisa é mais do que uma ação; é uma atitude. Atitude nascida do pensar, movimentada pelos desejo e paixão que as descobertas nos provocam.
Desvelar e revelar novas faces de um objeto, formular e reformular postulados, dizer e contradizer suposições: ações somente possíveis para aqueles que acreditam que o conhecimento é um bem que só se adquire com a vivência; e isto implica em nascer e renascer com a pesquisa. A práxis científica necessita de observação, experimentação e constatação para que as teorias sejam formuladas e o conhecimento, por sua vez, seja expandido.
Dentro desta perspectiva, inaugura-se aqui um espaço de discussão interdisciplinar para que os pesquisadores dos diferentes campos epistemológicos possam apresentar as suas descobertas e compartilhar com os autores e os leitores um pouco dos seus entendimentos acerca das relações
humanas no contemporâneo, num contexto onde pessoas e máquinas parecem se confundir, buscando compreender o humano a partir daquilo que lhe é mais peculiar: a linguagem.
Duas seções foram pensadas visando a contemplar a comunidade acadêmica: “Artigos”, para os autores que são professores pesquisadores — doutores, mestres e especialistas — e a seção “Descobrindo Cientistas” na qual
a Revista Artefactum abre um espaço para os alunos das graduações apresentarem o prelúdio de suas caminhadas, e compartilharem, com os nossos leitores, esse apaixonante início de jornada.


Boa leitura!
Conselho editorial